Um cromossomo a mais faz toda diferença
- Dr. Nilton César
- 29 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de ago. de 2020

Gentileza, paciência, tolerância, honestidade e bondade. Um cromossomo a mais, faz toda diferença.
E quando a Malu chegou? Esse é o título do livro lançado recentemente na bienal do livro do Rio pela Autografia Editora escrito pela Daniela Gonçalves de Abreu mãe, educadora e professora do curso de licenciatura em química da USP-RP.
Nesse livro ela compartilha sua história sobre a chegada da filha Malu, com Trissomia 21, e como isso a impulsionou a aprender, e em ter a oportunidade de aplicar seus conhecimentos para ajudar no desenvolvimento da filha e da melhoria do ensino infantil.
Descreve de uma forma simples como tornou-se agente transformadora e integrativa aos profissionais de saúde, e que precisamos olhar para as crianças com a finalidade de educar.
A mãe não rotulou a criança como se já soubesse ou não soubesse, entendeu que o processo de aprendizagem ocorre de forma diferente para cada pessoa e, com muito estudo, paciência, autonomia, presença, brincadeiras e repetição despertou o interesse da filha para o saber e para atingir seu melhor potencial de desenvolvimento.
O livro nos mostra ainda, como uma condição genética por si só, não é o único fator limitante e que o ambiente têm papel importante na facilitação pela busca da melhor performance, e que a família e uma escola que saibam respeitar as diferenças e que forneçam pistas adequadas para cada indivíduo são fundamentais para a aprendizagem e para o desenvolvimento infantil.
“Todos os seres humanos nascem com grande potencial para desenvolver Alta Performance Pessoal” Içami Tiba
T21 é a alteração cromossômica mais comum, o genoma apresenta 3 cromossomos 21 ao invés de 2. É uma importante causa de atraso intelectual, que se estimulados de forma adequada podem atingir seu melhor potencial. Outras alterações, em especial a cardíaca, ocorrem em boa parte destes recém-nascidos, sendo a principal o defeito do septo atrioventricular que pode ser corrigido através de cirurgia e apresenta boa evolução.
O impacto em cada indivíduo com T21 é diferente, podendo variar de totalmente independentes aos que necessitam de mais suporte. Por isso conhecimento e estímulos adequados são fundamentais.
Dr Nilton César Neuropediatra CRM/SP 141966 RQE 51484-1
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